O autor de um feminicídio que aconteceu no dia 29 de novembro morreu em João Monlevade. 

O diretor do presídio da cidade, Melquíades França Junior, informou que o detento passou mal por volta de 11h da manhã de domingo (14) em decorrência de diabete. Ele foi encaminhado para o Hospital Margarida. 

O homem de 46 anos foi atendido pela equipe no pronto-socorro, mas apresentou piora no quadro de saúde e precisou ser entubado. Ele não apresentou melhora e o estado de saúde evoluiu para óbito no hospital. 

Segundo Melquíades, o detento era monitorado diariamente devido à doença. Ele também recebia medicação no sistema prisional, visto que é direito assegurado por lei e dever do Estado. Além disso, também tinha alimentação específica para diabéticos. 

Presídio descarta violência

Melquíades também relatou que o detento não sofreu acidentes ou ações de outros presos dentro do sistema prisional.

Conforme o diretor do presídio, o homem não estava aprisionado em cela comum, mas sim em um alojamento destinado aos presos que trabalham. Este alojamento fica localizado próximo à enfermaria do presídio e longe das celas dos demais presos. 

Procuramos Geraldo Elias, o advogado do detento. Ele informou que havia juntado documentos que comprovam que o homem tinha diabete grave. A defesa também disse que devido à doença, entrou com um pedido de prisão domiciliar monitorada na última quinta-feira (11). A prisão domiciliar não foi concretizada. 

O homem está sendo velado nesta segunda-feira (15) na comunidade de Macuco, em São Domingos do Prata. 

Relembre o caso

O homem estava sendo investigado pela Polícia Civil por matar a companheira na comunidade de Macuco. No dia 08 de dezembro, ele se entregou na Delegacia de Polícia Civil em São Domingos do Prata.

Ele compareceu espontaneamente no local, acompanhado pelo advogado. Em seguida, foi encaminhado para o presídio de João Monlevade, onde ficou preso por cerca de seis dias.